quarta-feira, 22 de junho de 2011

A PROVA PARA DIRETOR NO ESTADO DE GOIÁS

GOIÂNIA - ANO I - 80

Olá Químicos e Agregados.

Mais de 40% dos candidatos inscritos para disputarem o cargo de diretor nas escolas da rede pública do estado de Goiás foram reprovados na prova.

Uai, você ainda pode estar se perguntando; "Que diabo de prova é essa?"

É assim. Agora, para ser diretor de escola pública do estado de Goiás, você tem que passar por uma avaliação escrita, para depois, caso aprovado, ser candidato a diretor na escola na qual trabalha.

Desde o ano de 2000, os servidores da educação interessado em gerir uma escola era eleito pela comunidade escolar em votação direta. Isto é, a comunidade da região da escola que elegia o novo diretor. De novo: quem conhece a escola e a região que elegia o diretor.Quem quisesse se candidatar podia colocar seu nome a disposição da comunidade e ela escolhia. 

Agora quem escolhe primeiro é uma prova.Como sabemos, só quem passar na escola que pode ser candidato. Assim, tem um monte de escola que ficou sem candidato a diretor e mais um monte de escola que só tem um candidato.

Fantástico, né?

Mas não é bom, esse negócio de prova, para saber se o cara sabe gerir?

Uma prova feita às pressas, sem tempo para ninguém estudar direito, pautada na ideia de que investir na gestão é o melhor caminho e o PIOR DE TUDO: Jogando fora a eleição pela comunidade daquele que ELA (a comunidade) ache mais apto para o trabalho.

Mas não é bom, esse negócio de prova, para saber se o cara sabe gerir?

Quantos prefeitos você viu fazerem prova para serem prefeitos? Quantos deputados você viu fazerem prova para serem deputados? Vereador faz prova? Governador faz prova? Presidente faz prova? 

ENFIM: QUANTOS SECRETÁRIOS DA EDUCAÇÃO VOCÊ VIU FAZEREM PROVA PARA SEREM SECRETÁRIOS DA EDUCAÇÃO???

Mas não é bom, esse negócio de prova, para saber se o cara sabe gerir?
Mas não é bom, esse negócio de prova, para saber se o cara...
Mas não é bom, esse negócio de prova, para saber...
Mas não é bom, esse negócio de prova?
Mas não é bom, esse negócio?
Mas não é bom?

Responda-me você...

terça-feira, 21 de junho de 2011

MORRE "QUASE NOBEL BRASILEIRO" OTTO RICHARD GOTTLIEB

GOIÂNIA - ANO I - 79

DA FOLHA DE SÃO PAULO

Morreu na noite de domingo (19), no Rio de Janeiro, aos 90 anos, o químico naturalizado brasileiro Otto Richard Gottlieb, conhecido internacionalmente por seus trabalhos sobre produtos naturais e metabolismo de plantas. Ele foi um dos primeiros grandes cientistas a chamar atenção para a sustentabilidade e a preservação de florestas, ainda na década de 1960.

Mais recentemente, nos anos de 1980, o químico mostrou a importância da manutenção dos entornos das florestas --justamente onde costuma ter início o processo de desmatamento. É nessas "bordas" florestais, mostrou Gottlieb, que está a maior concentração e diversidade de moléculas. "Com o desmatamento dos entornos, parte das moléculas que contam com potencial terapêutico acaba sendo perdida", explica a farmacêutica Maria Renata Borin.

Ela foi "pupila" de Gottlieb desde seu mestrado, em química orgânica, na USP, até sua pesquisa de pós-doutorado sobre química de produtos naturais, na Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz). "Toda a obra dele é voltada para a sustentabilidade." Foram quase 700 artigos científicos sobre o tema.

QUASE NOBEL

Gottlieb é considerado o cientista brasileiro que mais chegou perto do prêmio Nobel: foi indicado três vezes (em 1998, 1999 e 2000). "Mas ele não dava muita bola para isso. Atender os alunos era o que ele mais gostava de fazer", conta Borin. "Ele costumava refletir toda noite sobre o que aprendeu no dia para que pudesse ensinar isso no dia seguinte."

A dedicação aos alunos levou o químico a construir uma biblioteca própria sobre recursos naturais, com aproximadamente 2.000 títulos. O tempo que ele passava nessa biblioteca --que ocupa um apartamento inteiro no Rio de Janeiro-- teria sido um dos motivos de seu desligamento da Fiocruz, em 2002. Insatisfeita, a instituição teria cortado recursos das suas pesquisas em andamento. Na época, aos 81 anos, ele afirmou que não estava "sendo tratado com consideração" pela Fiocruz. Foi, então, para a UFF (Universidade Federal Fluminese).

Antes, Gottlieb já havia sido professor na USP até se aposentar, aos 70 anos. "Ele recebeu convites para dar aula fora do país. Mas era nacionalista convicto." Gottlieb era naturalizado: ele nasceu em Brno, em 1920, hoje República Tcheca.

Comentário do Blog:
A vida é assim, uns sim, outros não. Uns vêm, outros vão...

sexta-feira, 17 de junho de 2011

SEXTA-FEIRA DA CANÇÃO XII

GOIÂNIA - ANO I - 78
 
ATUALIZAÇÃO!!!
Olá Químicos e Agregados.

Como (quase) todo mundo sabe, amanhã hoje é dia do químico. Sim! Que bom, né? Pois é. Assim, decidi colocar um sexta feira da canção especial para o dia do Químico. 

A música escolhida hoje tem o singelo nome de MATSURI. Para quem ainda não foi no Google atrás do que significa, eu digo: CELEBRAÇÃO. O mais legal da música é que ela é repleta de sons oriundos dos tambores japoneses (Os Taikos), de diversos tamanhos e sonoridades.

A música tem 8 minutos. Um pouco longa para os padrões joviais dos anos 11. Mas vale a pena escutá-la toda, já que é uma CELEBRAÇÃO. Celebrem então!

Hoje: KITARO - MATSURI.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

UNIVERSOL: DISSOLVE QUALQUER COISA (OU QUASE)

GOIÂNIA - ANO I - 77

DA FOLHA DE SÃO PAULO (Giuliana Miranda)

UFMG faz composto capaz de dissolver quase qualquer coisa
Não importa se é pedra, cabelo, madeira ou carne. Pesquisadores da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) criaram um composto capaz de dissolver praticamente qualquer material orgânico ou inorgânico em até 30 minutos.

"Outros agentes conhecidos e comuns de solubilização demoram cerca de 12 horas para dissolver, por exemplo, amostras de unhas ou de fios de cabelo, enquanto o nosso realiza essa solubilização em cerca de meia hora", diz um dos autores da descoberta, Claudio Donnici, do Departamento de Química.

Batizado de Universol, o novo produto resolve um antigo problema que envolve muitos solventes: ele é capaz de dissolver sem alterar a composição química das amostras analisadas. Ou seja, poderia ser usado para testes de controle de qualidade ou mesmo para verificação da presença de substâncias ou elementos tóxicos, como metais pesados.

Além disso, diferentemente do que ocorre em muitas outras técnicas, funciona em temperatura ambiente e não precisa de métodos adicionais, como micro-ondas e ultrassom. Isso economiza tempo e energia no processo. "Com certeza nossa metodologia torna os métodos analíticos mais baratos e mais eficientes, pois encurta o tempo global de análise e possibilita maior número de análises com menos custos de outros métodos adicionais e de outros agentes que, em geral, também são corrosivos e perigosos" diz Donnici.

A patente do Universol já foi requerida e, por conta disso, os pesquisadores não podem revelar detalhes de sua composição ou de seu processo de fabricação. Os cientistas, que incluem ainda o professor da UFMG José Bento Borba da Silva, afirmam que podem transferir rapidamente a tecnologia de produção para as indústrias interessadas.

"Nossos laboratórios estão abertos às demandas de instituições de pesquisa e empresas", completa Donnici. Os técnicos de laboratório não precisam ter medo de manusear o Universol: ele não dissolve vidro e plástico.

Comentário do Blog:
Fiquei rindo um pouco do título da reportagem (QUASE QUALQUER COISA). Adaptei o título do post para ficar um pouco melhor e menos engraçado. Hummm. Se bem que o meu ficou difícil também, eh, eh, eh, eh.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

SOBRE AS REPORTAGENS DO JORNAL NACIONAL SOBRE EDUCAÇÃO

GOIÂNIA - ANO I - 76

Olá Químicos e Agregados.

Há cerca de 2 ou 3 semanas, o Jornal Nacional da rede globo exibiu uma série de reporcagens reportagens sobre a qualidade da educação em escolas no Brasil.

O esquema era o seguinte: escolhia-se uma cidade de uma das cinco regiões do Brasil, Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e Norte. Depois de escolhida uma dessas cidades, o repórter entrava no avião e se dirigia voava até a cidade sorteada e visitava duas escolas. Uma, com a pior nota no IDEB, outra com a melhor nota no IDEB.

Acompanhando o intrépido repórter, estava o chamado "especialista em educação" de nome Gustavo Iochpe. Colunista da Veja, inclusive. Sua missão era comentar o que poderia ser bom ou ruim nas escolas, caracterizando-as em suas notas. O nosso "especialista" é economista com pós graduação em economia da educação (????).

Posso extrair as seguintes impressões de tais reportagens:

1) O repórter sempre começava a reportagem de comparação das escolas, publicando na tela da televisão em letras garrafais, o salário do professor. Assim, visitava a escola ruim e jogava o salário na tela. Visitava a escola boa, jogava de novo o salário na tela. Fica clara a intenção subliminar de dizer ao telespectador: "Olha, presta atenção! Tem uma escola ruim e tem uma boa e olhe de novo, o salário dos professores de ambas as escolas são iguais". Ou seja, de alguma maneira, querem passar a impressão de que o salário não faz diferença no rendimento da escola, já que, ganhando o mesmo salário, as escolas da cidade têm IDEBs diferentes. Isso é muito baixo. Sabemos que o problema é muito maior do que isso. É primeiramente um problema salarial, mas é também estrutural, de gestão governamental e de investimento como um todo, seja em mão de obra, formação continuada, material didático e é claro, em se tratando de um país que tem que incluir seu cidadão miserável, a merenda.

2) O tempo inteiro, entrevistava-se o gestor da escola, em uma tentativa de demonstrar que o que faz diferença mesmo é a gestão. Típica ideia neo liberal pautada no fato de que basta haver uma boa gestão e tudo se resolve. Nos moldes do que parece fazer nosso secretário da educação (Goiás).

3) Eu conheço as idéias do Gustavo Iochpe, desde quando ele escrevia para a Revista Educação. Ele defende que o salário NÃO faz a diferença de rendimento de uma escola e que a gestão é um aspecto importantíssimo para o engrandecimento da escola. Saiu da revista Educação e foi escrever para a Veja. Agora, está na Globo, é o que parece.

4) Mas, o que há por trás de tudo isso? Ora meus caros: cursos de gestão caros, ministrados por "especialistas"; achatamento salarial, visto que não é o salário que irá fazer a diferença, não é mesmo? Estão querendo reduzir os problemas educacionais e sociais a meros problemas de gestão. Ou seja, a escola, para essas pessoas, deve ser o lugar de preparação de uma futura mão de obra para suprir as necessidades do mercado. O aluno é um cliente, o ensino uma mercadoria e o professor??? Uma escola crítica e formadora de fato não supre as demandas de um mercado. Deve suprir uma sociedade mais justa para todos. 

Cada vez mais difícil ser educador. Mas a gente não desiste.


sábado, 4 de junho de 2011

A ILHA DE LOST DA QUÍMICA UFG

GOIÂNIA - ANO I - 75


Olá Químicos e Agregados.


Fico muito feliz em saber que a Química UFG não se destacou apenas pelos trabalhos científicos apresentados na 34a. Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química.

Quatro (4) de nossos alunos participaram de um Reality Show chamado: Perdidos da Ilha de Floripa, ou o Lost da Química.

Nossos heróis foram: Lucas Amorfo, Pavanelli, Luiz Bembo Salsicha e Matheus.

Enquanto estavam se aventurando em uma "perigosíssima" trilha em um dos morros perto do Costal do Santin, nossos heróis, ameaçados por uma tribo de fantasmas de uma antiga civilização, não conseguiram retornar ao local de origem e ficaram PERDIDOS no morro, ou na trilha, sei lá.

Não se enganem. Nossos heróis, imbuídos de uma inteligência e pensamento rápido sem igual, usaram seu rádio comunicador de última geração e acionaram os bombeiros locais (Na verdade, um grupo de salvadores disfarçados de bombeiros com interesses escusos sobre as riquezas do morro).

São e salvos, nosso heróis voltaram para o congresso e abrilhantaram o evento com sua presença VIP. As colunas sociais de Florianópolis ficaram em polvorosa, como pode ser visto AQUI.

Abraços a todos.