sexta-feira, 29 de junho de 2012

SEXTA FEIRA DA CANÇÃO XV

Goiânia - Ano II - 110


Olá Químicos e Agregados.


Agora, que o governo se recusa a conversar conosco, como em um caso de amor ferido, de coração de vidro, o Sexta Feira da Canção volta com uma homenagem a esse amor bandido.


Música: Heart of Glass - Blondie.


É velhinha, como sempre, mas é boa...

sexta-feira, 8 de junho de 2012

UFG E A GREVE: DA CIVILIDADE ATÉ A BADERNA

Goiânia - Ano II - 109

Olá Químicos e Agregados.

O post anterior, sobre a greve na UFG gerou uma boa discussão entre os leitores do blog. Importante lembrar que NÃO censuro nenhum tipo de comentário e deixo a aba de comentários com o item Anônimo aberto, para facilitar a discussão. Peço sempre, que para mantê-lo aberto, as pessoas se identifiquem e que sejam educadas e sensatas para que não façam ofensas ou críticas gratuitas aos outros leitores e ao próprio blog. Caso ainda assim não queiram se identificar, favor não fazer críticas gratuitas. Não quero ter que moderar comentários. A ideia do blog é ser aberta a qualquer crítica e discussão.

Muitos leitores, alunos, professores que andei conversando de ontem para hoje estão muito divididos em relação aos acontecimentos da última assembleia. Houve violência? A greve é legítima? Sim. Eu entendo que sim. De duas maneiras.

A primeira foi a violência do sindicato para com os professores. Éramos mais de 400 professores filiados, com o tal do papelzinho verde, aptos a votar. A diretora do sindicato não precisava ficar insistindo no mantra do "vamos sentar e dar lugar para filiados" e tudo mais. Todos, há mais de dois anos em negociação e tensos pelo descumprimento do acordo por parte do governo federal, mais ainda, pela retirada da nossa inslubridade do vencimento básico, estávamos ansiosos para que a assembleia começasse logo. A demora acirrou ainda mais os ânimos. Deu no que deu e depois a diretoria abandonou a assembleia com mais de 400 professores, como se fôssemos, sei lá, gado.

A segunda foi a violência física de tomada de microfones e invasão do espaço da mesa diretora. Repudio veementemente tal atitude, assim como repudio a violência anterior. Uma coisa não justifica outra.

E por que afinal de contas, chegou-se a esse ponto? Porque temos duas representações nacionais, ANDES e PROIFES que ao invés de juntarem suas forças, digladiam-se a quase uma década pelo direito de representar os docentes. Parte do empurra-empurra ontem tem origem nessa rusga. Recomendo que os leitores se interem sobre isso, porque a história é longa. Há claro, aspectos políticos e econômicos envolvidos nisso, não somos tolinhos.

Por outro lado, o governo federal vem incentivando essa luta para nos enfraquecer. Por causa daquela cena, somos agora vistos como baderneiros e não civilizados. Não. Não somos baderneiros e nem sem civilização, mas sim, estamos nos tornando ansiosos,  no limite, sem razão e brigando uns com os outros. Chegando na assembleia foi possível sentir o clima dos presentes. A ansiedade beirava o insuportável (exagerei?). Queríamos decidir logo o rumo da nossa luta, pois o tempo está passando e não fazemos nada.

O salário defasado há 4 anos, aumento abaixo da inflação, emagrecido com a retirada da insalubridade e a insistência do governo em protelar a negociação cada vez mais. O governo propaga aos sete ventos o quanto somos importantes para o futuro da nação, mas somos a categoria do executivo com o MENOR salário.

Deu no que deu. Entendam. A violência e a baderna não se justificam, mas os ditos civilizados que nos governam não conseguiram ou não querem enxergar que os docentes querem um rumo, pois tudo que está acontecendo e parece ser proposital por parte desses civilizados, está nos enfraquecendo e nos deixando sem esse rumo.

Por isso, acho a greve legítima. Um número muito grande de professores, finalmente com um rumo só, um caminho, pensando de forma unida. Agora, é arrumar o resto, aparar as arestas. Mostrar civilidade e procurarmos uns aos outros para termos esse rumo de forma conjunta.

Os alunos nos mostraram isso no dia da assembleia, com um forte apoio. Na saída da assembleia senti-me acolhido por eles.

Chega de vídeos. Há vários deles. Cada um vai mostrar uma coisa. "Foi culpa de um! Foi culpa do outro!" Não é mais hora disso. É hora de um caminho só.

É isso.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

QUANTO A GREVE NA UFG

Goiânia - Ano II - 108


Olá Químicos e Agregados.

Hoje tive a honra de participar de uma ASSEMBLEIA DE PROFESSORES que deflagraram a greve na UFG a partir do dia 11 de Junho de 2012.

Estavam presentes aproximadamente 450 professores.

Uma confusão enorme se fez antes da assembleia pela insistência da diretora da ADUFG em dizer que os filiados a ADUFG deveriam ficar sentados e professor que não fosse filiado deveria ficar em pé. Ficou insistindo nesse mantra por 5 minutos, sob vaia e protestos dos professores para que a assembleia tivesse início de imediato.

Alguns professores perderam a paciência com tal atitude e tudo descambou para a violência, com gente tentando tirar o microfone da diretora e gente tentando devolver o maldito microfone para a diretora. Entre empurra-empurra e deixa disso, tudo parecia ter voltado ao normal.

Engano. A diretora do ADUFG se retirou e disse que a Assembleia estava CANCELADA.

Os professores presentes não se furtaram e fizeram eles (nós) mesmos a dita assembleia que deliberou pela greve a partir do dia 11 de Junho de 2012.

A ADUFG soltou uma nota dizendo que não reconhece e não reconhecerá a assembleia realizada.

Meus caros. Ela NÃO precisa reconhecer ou deixar de reconhecer nada. Um sindicato é feito/construído pelos seus membros. E nesse caso, a ADUFG não é sua diretoria, ela é tão somente os professores, que compareceram em peso (450 professores) a assembleia e deliberaram pela greve, COM ou SEM os diretores do sindicato. 

Essa foi uma assembleia dos PROFESSORES da UFG e eu, considero-a extremamente legítima, pois sou professor, e estava lá, presente, votando, com mais de 400 colegas.

Portanto, estou em greve, por tempo indeterminado.

É isso.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

ESPECTROMETRIA DE MASSAS A 2 DÓLARES

Goiânia - Ano II - 107

Olá químicos e agregados.

Dando umas voltas em algumas revistas da Royal Society of Chemistry, deparei-me com um artigo muito interessante. A ideia é do grupo do professor Marcus Eberlin, da UNICAMP e foi capa da revista THE ANALIST, de junho.

Olha só o que os caras fizeram. Pelo que li em meu inglês macarrônico e ruim, eles desenvolveram um mecanismo de alta tecnologia utilizando recursos muito simples: uma fonte de ionização e dessorção de amostras para análise por espectrometria de massas.

Em alguns sites de ciência é possível baixar uma imagem do aparato, como essa aqui:


Invento com jeitinho brasileiro vira capa de revista científica

























Vejam só. Essa ideia simples substituiu um aparelho que fazia a mesma coisa mas que custava 25 mil dólares. Sabe quanto gastaram com a ideia acima? 2 dólares. Penso que o que ficou caro aí foi a lata de spray. Se você ainda conseguir, pode tentar ler o artigo aqui.

Digo que o mais revolucionário na ciência são sempre as ideias mais simples.

É isso.